👑 A Origem Nobre do “Cão-Leão”

O Shih Tzu, cujo nome significa “Cão-Leão” em chinês, possui uma história milenar que se divide entre o Tibete e a China. Acredita-se que a raça tenha se originado do cruzamento entre o Lhasa Apso (do Tibete, também um “cão-leão” sagrado, valorizado por monges budistas) e o Pequinês (cão da realeza chinesa). Esse cruzamento resultou em um pequeno cão de luxo, com uma pelagem longa e vasta que lembrava a juba de um leão — uma figura altamente respeitada na mitologia budista. Inicialmente criados nos monastérios tibetanos, eles eram frequentemente oferecidos como presentes de alto valor a imperadores e figuras importantes da corte chinesa.

🇨🇳 O Apogeu na Corte Imperial Chinesa

Foi na China, sob as dinastias imperiais, que o Shih Tzu alcançou seu apogeu. Especialmente durante a Dinastia Manchu (século XVII em diante), a raça foi cuidadosamente aprimorada e criada exclusivamente dentro dos palácios imperiais, principalmente na Cidade Proibida. Eles eram considerados propriedade exclusiva da realeza, sendo inclusive um dos favoritos da Imperatriz Tzu Hsi (1835-1908). Sua criação era tão restrita que, após a Revolução Comunista em 1949, a raça quase foi extinta na China. Felizmente, exemplares resgatados por diplomatas e viajantes estrangeiros (principalmente na década de 1930) foram levados para a Europa, garantindo a sua sobrevivência.

🌍 A Conquista Mundial e o Sucesso no Brasil

A partir da Europa, o Shih Tzu começou sua jornada de popularização pelo Ocidente. Reconhecido oficialmente por clubes de cinofilia no século XX, ele rapidamente ganhou admiradores devido ao seu temperamento dócil, carinhoso e sua aparência charmosa. No Brasil, em particular, o Shih Tzu encontrou o lar perfeito. Suas características de cão de companhia de pequeno porte e sua fácil adaptação a ambientes urbanos, como apartamentos, o alçaram à posição de uma das raças mais populares e queridas do país, mantendo viva a linhagem nobre que nasceu há séculos nas cortes asiáticas.